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Como fazer a esterilização dos instrumentos odontológicos de forma correta e segura?

Como fazer a esterilização dos instrumentos odontológicos de forma correta e segura?

Aprenda os conceitos e as técnicas de biossegurança para garantir a qualidade do seu trabalho e a saúde dos seus pacientes.

A biossegurança é uma das matérias mais importantes do curso de ASB (Auxiliar em Saúde Bucal), pois envolve os cuidados necessários para prevenir e controlar as infecções que podem ocorrer no ambiente odontológico. Um dos aspectos fundamentais da biossegurança é a esterilização dos instrumentos odontológicos, que consiste na eliminação de todos os micro-organismos vivos presentes nos materiais usados nos procedimentos clínicos.

A esterilização dos instrumentos odontológicos é um processo que deve ser realizado com rigor e responsabilidade, seguindo as normas e os protocolos estabelecidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pelo CFO (Conselho Federal de Odontologia). A esterilização inadequada pode comprometer a qualidade do trabalho do profissional de odontologia e colocar em risco a saúde dos pacientes, dos auxiliares e do próprio dentista.

Mas como fazer a esterilização dos instrumentos odontológicos de forma correta e segura? Quais são os métodos e os equipamentos mais indicados?
Quais são os cuidados que devem ser tomados antes, durante e depois da esterilização?

Essas são algumas das dúvidas mais comuns dos alunos de ASB sobre esse assunto. Neste texto, vamos esclarecer essas e outras questões sobre a esterilização dos instrumentos odontológicos. Acompanhe!

O que é esterilização?

A esterilização é o processo que elimina todos os micro-organismos vivos presentes em um material ou superfície, incluindo bactérias, fungos, vírus e esporos. A esterilização é diferente da desinfecção, que é o processo que elimina apenas os micro-organismos patogênicos (que causam doenças), mas não os esporos. Os esporos são formas de resistência de alguns micro-organismos, que podem sobreviver em condições adversas e voltar a se multiplicar quando as condições forem favoráveis.

A esterilização é necessária para todos os instrumentos odontológicos que entram em contato direto ou indireto com a mucosa ou o sangue dos pacientes, como espelhos, sondas, pinças, curetas, brocas, limas, entre outros. Esses instrumentos são chamados de críticos ou semi-críticos, e devem ser submetidos à esterilização após cada uso. Já os instrumentos que entram em contato apenas com a pele íntegra dos pacientes, como espátulas, espelhos faciais, régua milimetrada, entre outros, são chamados de não-críticos, e podem ser submetidos à desinfecção de alto nível.

Quais são os métodos de esterilização?

Existem diversos métodos de esterilização, que podem ser classificados em físicos ou químicos. Os métodos físicos são aqueles que utilizam agentes físicos para eliminar os micro-organismos, como o calor seco ou úmido. Os métodos químicos são aqueles que utilizam agentes químicos para eliminar os micro-organismos, como o óxido de etileno ou o ácido peracético.

Os métodos físicos são os mais usados na odontologia, pois são mais eficazes, seguros e econômicos. Os principais métodos físicos de esterilização são:

– Autoclave: é o método mais recomendado para a esterilização dos instrumentos odontológicos. A autoclave é um equipamento que utiliza o calor úmido sob pressão para eliminar os micro-organismos. A temperatura ideal da autoclave é de 121°C a 134°C por um tempo variável de 15 a 30 minutos. A autoclave deve ser monitorada periodicamente para verificar se está funcionando corretamente.
– Estufa: é o método que utiliza o calor seco para eliminar os micro-organismos. A estufa é um equipamento que aquece o ar no seu interior até atingir uma temperatura elevada. A temperatura ideal da estufa é de 160°C a 170°C por um tempo variável de 1 a 2 horas. A estufa deve ser usada apenas para instrumentos metálicos que não possam ser autoclavados.
– Flambagem: é o método que utiliza a chama direta para eliminar os micro-organismos. A flambagem é feita com um maçarico ou um bico de Bunsen, que produz uma chama azulada. A flambagem deve ser usada apenas para instrumentos pontiagudos ou cortantes que não possam ser autoclavados ou estufados.

Os métodos químicos são menos usados na odontologia, pois são menos eficazes, seguros e econômicos. Os principais métodos químicos de esterilização são:

– Óxido de etileno: é o método que utiliza um gás tóxico e inflamável para eliminar os micro-organismos. O óxido de etileno é usado em uma câmara especial que controla a temperatura, a pressão e a umidade. O óxido de etileno deve ser usado apenas para instrumentos plásticos ou sensíveis ao calor que não possam ser autoclavados ou estufados.
– Ácido peracético: é o método que utiliza uma solução líquida ácida e oxidante para eliminar os micro-organismos. O ácido peracético é usado em uma cuba especial que controla a temperatura e o tempo. O ácido peracético deve ser usado apenas para instrumentos metálicos ou plásticos que não possam ser autoclavados ou estufados.

Quais são os cuidados que devem ser tomados antes, durante e depois da esterilização?

A esterilização dos instrumentos odontológicos envolve uma série de cuidados que devem ser tomados antes, durante e depois do processo. Esses cuidados visam garantir a eficácia da esterilização e evitar acidentes ou contaminações. Alguns desses cuidados são:

– Antes da esterilização: os instrumentos devem ser limpos com água corrente e sabão neutro ou detergente enzimático para remover restos orgânicos ou inorgânicos. Em seguida, devem ser secos com papel toalha ou ar comprimido. Depois, devem ser embalados em envelopes próprios para cada método de esterilização (papel grau cirúrgico para autoclave; papel alumínio para estufa; filme plástico para óxido de etileno; recipiente plástico com tampa para ácido peracético). Os envelopes devem conter etiquetas com data da esterilização, nome do responsável e método utilizado.

– Durante a esterilização: os instrumentos devem ser colocados no equipamento escolhido seguindo as instruções do fabricante quanto à temperatura, ao tempo e à disposição dos materiais. O equipamento deve estar limpo e em boas condições de funcionamento. O operador deve usar equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados ao método utilizado (luvas, máscara, óculos etc).

– Depois da esterilização: os instrumentos devem ser retirados do equipamento com cuidado para evitar danificar as embalagens ou se contaminar com o agente esterilizante. Em seguida, devem ser armazenados em local limpo, seco e protegido da luz solar direta. Os instrumentos devem ter um prazo de validade da esterilização conforme o método utilizado (30 dias para autoclave; 7 dias para estufa; 15 dias para óxido de etileno; 24 horas para ácido peracético). Os instrumentos devem ser abertos somente no momento do uso.

Conclusão:
A esterilização dos instrumentos odontológicos é um processo fundamental para garantir a qualidade do trabalho do profissional de odontologia e a saúde dos seus pacientes. Para fazer a esterilização correta e segura dos instrumentos odontológico

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